domingo, 22 de maio de 2011

7º FICHAMENTO DA GINCANA- GENÉTICA !

Serrano Jr., C.V; Souza, J.A.. Doença periodontal como potencial fator de risco para síndromes coronarianas agudas. Arq. Bras. Cardiol. vol.87 no.5 São Paulo Nov. 2006.

"A inflamação crônica é o principal desencadeante e perpetuador da doença aterosclerótica. Condições associadas à indução e/ou manutenção de atividade inflamatória exacerbada, como infecções bacterianas persistentes, têm sido correlacionadas à doença arterial coronariana. Os mecanismos envolvidos na Periodontite são: 1)o grau de infecção por patógenos bacterianos da placa dentária; 2) a exposição persistente a antígenos; 3) produção de endotoxinas e 4) a liberação de citocinas inflamatórias da periodontite. Estes fenômenos contribuiriam para o processo aterogênico e para a indução de fenômenos tromboembólicos, predispondo assim os pacientes ao aumento do risco de eventos cardiovasculares. As doenças Periodontais são frequentes.  
Accarini e Godoy,fizeram a primeira análise brasileira que associa estas duas freqüentes patologias.Demostraram correlação entre a presença de DP e doença coronariana obstrutiva grave. Em uma pesquisa com alguns pacientes Accarini demonstrou que a chance de ocorrência de DP ativa em pacientes com SCA e doença coronariana obstrutiva de qualquer grau é de 2,5 vezes, confirmando dados existentes de que há maior possibilidade de ocorrência de evento coronariano agudo, quando da existência de DP. 
Andriankaja e Cols, utilizaram diferentes formas de avaliação e definições da DP e demonstraram que a associação entre DP e incidência de infarto do miocárdio foi consistente, independente do uso diferentes classificações e formas de avaliação da DP.
O grau de infecção e o número de diferentes espécies bacterianas encontradas na placa dentária parecem estar correlacionados com a maior presença ou não de DAC. A intensidade e persistência da reação inflamatória associada à DP puderam ser avaliadas em pacientes com diagnóstico de DAC através da dosagem sérica de marcadores inflamatórios, como proteína C-reativa (PCR), interleucinas e anticorpos direcionados a conhecidos patógenos da mucosa oral.
Montebugnoli e Cols mostraram que a saúde periodontal melhora o estado inflamatório e hemostático, reduzindo níveis de PCR, leucócitos, fibrinogênio e outros fatores de coagulação, além de reduzir o estresse oxidativo, com significante diminuição dos níveis de lipoproteínas oxidadas.
O uso de tratamento antibiótico na prevenção da DAC ainda encontra-se na fase de intensa discussão, havendo sucesso no tratamento em alguns estudos clínicos, não se repetindo o mesmo resultado em outros.  Paju e cols mostraram que o tratamento com claritromicina reduz a recorrência de eventos cardiovasculares em pacientes sem periodontite, o que não ocorreu em pacientes com deficiente saúde periodontal. Sugerem ainda que os efeitos inflamatórios sistêmicos da DP estivessem possivelmente relacionados à falência do tratamento com antibióticos na DAC.
A prevenção e tratamento da DAC passam pelo envolvimento de equipe multidisciplinar, incluindo avaliação e tratamento odontológico na tentativa de redução da DP e, conseqüentemente, do risco de surgimento de novos eventos cardiovasculares."

2 comentários:

  1. Professor por favor ver se tá correto...

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  2. Está bom. Com o tempo você vai fazer fichamentos obedecendo todos os preceitos. Por enquanto, está bom.
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    Olhe, no caso lá da referência, siga as normas da ABNT.
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    Serrano Jr., C.V; Souza, J.A.. Doença periodontal como potencial fator de risco para síndromes coronarianas agudas. Arq. Bras. Cardiol. vol.87 no.5 São Paulo Nov. 2006.

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