Garib.D.G; Alencar.B.M; Ferreira.F.V; Ozawa.T.O.
Anomalias dentárias associadas: o ortodontista decodificando a genética que rege os distúrbios de desenvolvimento dentário. Dental Press J. Orthod. vol.15 no.2 Maringá Mar./Apr. 2010
"Anomalias dentárias tem distintos graus de severidade. Da manifestação mais branda, para a mais severa, desde o atraso cronológico na Odontogênese até a ausência completa do germe dentário ou Agenesia. Várias expressões, entre elas: microdontias, os desvios na morfologia dentária e ectopias.
A influência de fatores genéticas e ambientais para a Ortodontia. Quanto maior a contribuição genética na origem de irregularidade dentofacial, menor a possibilidade de previni-la e pior o prognóstico de tratamento ortodôtico. O progmatismo mandibular de uma família é um exemplo de característica genética. Certas anomalias aparecem frequentemente associadas em um mesmo paciente, mais do que se esperaria ao acaso. Um mesmo defeito genético pode originar diferentes manifestações como: Agenesias, Microdontias, Ectopias e atraso no desenvolvimento. Diagnóstico precoce ajuda muito , para uma anomalia não gerar outra.
Agenesia Dentária: Mais comum, 25% da população. Afeta o terceiro molar, os segundos pré-molares, os dentes mais comumentes ausentes, como o incisivo lateral superior e pelos segundos pré-molares superiores. Menor prevalência em pacientes negros, e as mulheres são mais afetadas do que os homens. Recentemente identifica-se uma mutação no gene MSX1 do cromossomo 4 em uma ampla família com agenesia de todos os segundos e terceiros pré-molares.
Microdontia: Associada a agenesias unilateral do incisivo lateral superior e a microdontia do dente contralateral, e redução no tamanho dentário.
Erupção Ectópica dos 1º molares superiores: Ocorre quando o 1º molar superior "erra" sua trajetória natural desvia-se demasiadamente para a mesial e acaba por estimular a reabsorção parcial da raiz dos segundos molares decíduos. Metade dos casos apresenta caractér reversível e o 1º molar superior acaba por interromper espontaneamente na arcada dentária. A frequência de ocorrência da erupção ectópica justifica que o ortopedista atente ao padrão eruptivo destes dentes na dentadura mista. Essa anomalia deve ser interceptada precocimente, para evitar a perda do segundo molar e consequente redução da arcada dentária.
Transposição entre canino e primeiro pré-molar superiores
Excluindo os terceiros molares, os caninos superiores constituem os dentes permanentes que mais frequentemente demonstram distúrbios eruptivos. Além da erupção ectópica por palatino, outra importante, porém bem menos frequente, ectopia que envolve os caninos superiores consiste na transposição entre esse dente e o primeiro pré-molar superior. O quadro clínico típico mostra o canino superior permanente irrompido por vestibular entre os dois pré-molares superiores. Frequentemente, o canino apresenta-se girado para distal e o primeiro pré-molar apresenta-se girado para mesial e com uma angulação da coroa para distal.
Na dentadura permanente completa, o tratamento desse tipo de transposição é desafiador quando se almeja corrigir a posição invertida dos dentes envolvidos6. Esse planejamento demanda mecânicas mais complexas e um período mais prolongado de tratamento. Por essa razão, esses casos geralmente são tratados mantendo-se a posição invertida dos dentes envolvidos, movimentando os primeiros pré-molares para mesial e nivelando os caninos entre os dois pré-molares.
Atraso no desenvolvimento dentário
Pacientes com agenesia tendem a apresentar um desenvolvimento odontogênico mais lento e a idade dentária atrasada em relação à idade cronológica1. Explicada pela inter-relação genética na causalidade dessas anomalias, essa informação merece atenção do clínico. Os jovens com agenesias dentárias geralmente alcançam a maturidade oclusal mais tardiamente.Por isso, o ortodontista não deve se apressar em iniciar a fase 2 do tratamento ortodôntico em tais pacientes. O diagnóstico precoce aliado ao tratamento ortodôntico corretivo tardio representaria a combinação perfeita nos casos com padrão de anomalias dentárias associadas.
Somado ao generalizado atraso no desenvolvimento dentário comumente observado em pacientes com anomalias, um tipo dentário específico pode exibir uma odontogênese marcantemente atrasada em relação ao restante da dentição: os segundos pré-molares. Os segundos pré-molares apresentam uma grande instabilidade de desenvolvimento. Além da alta prevalência de agenesia, esses dentes comumente exibem atrasos de desenvolvimento, especialmente quando existe a agenesia de outros dentes permanentes."
Fonte: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2176-94512010000200017&lang=pt
Agenesia Dentária: Mais comum, 25% da população. Afeta o terceiro molar, os segundos pré-molares, os dentes mais comumentes ausentes, como o incisivo lateral superior e pelos segundos pré-molares superiores. Menor prevalência em pacientes negros, e as mulheres são mais afetadas do que os homens. Recentemente identifica-se uma mutação no gene MSX1 do cromossomo 4 em uma ampla família com agenesia de todos os segundos e terceiros pré-molares.
Microdontia: Associada a agenesias unilateral do incisivo lateral superior e a microdontia do dente contralateral, e redução no tamanho dentário.
Erupção Ectópica dos 1º molares superiores: Ocorre quando o 1º molar superior "erra" sua trajetória natural desvia-se demasiadamente para a mesial e acaba por estimular a reabsorção parcial da raiz dos segundos molares decíduos. Metade dos casos apresenta caractér reversível e o 1º molar superior acaba por interromper espontaneamente na arcada dentária. A frequência de ocorrência da erupção ectópica justifica que o ortopedista atente ao padrão eruptivo destes dentes na dentadura mista. Essa anomalia deve ser interceptada precocimente, para evitar a perda do segundo molar e consequente redução da arcada dentária.
Transposição entre canino e primeiro pré-molar superiores
Excluindo os terceiros molares, os caninos superiores constituem os dentes permanentes que mais frequentemente demonstram distúrbios eruptivos. Além da erupção ectópica por palatino, outra importante, porém bem menos frequente, ectopia que envolve os caninos superiores consiste na transposição entre esse dente e o primeiro pré-molar superior. O quadro clínico típico mostra o canino superior permanente irrompido por vestibular entre os dois pré-molares superiores. Frequentemente, o canino apresenta-se girado para distal e o primeiro pré-molar apresenta-se girado para mesial e com uma angulação da coroa para distal.
Na dentadura permanente completa, o tratamento desse tipo de transposição é desafiador quando se almeja corrigir a posição invertida dos dentes envolvidos6. Esse planejamento demanda mecânicas mais complexas e um período mais prolongado de tratamento. Por essa razão, esses casos geralmente são tratados mantendo-se a posição invertida dos dentes envolvidos, movimentando os primeiros pré-molares para mesial e nivelando os caninos entre os dois pré-molares.
Atraso no desenvolvimento dentário
Pacientes com agenesia tendem a apresentar um desenvolvimento odontogênico mais lento e a idade dentária atrasada em relação à idade cronológica1. Explicada pela inter-relação genética na causalidade dessas anomalias, essa informação merece atenção do clínico. Os jovens com agenesias dentárias geralmente alcançam a maturidade oclusal mais tardiamente.Por isso, o ortodontista não deve se apressar em iniciar a fase 2 do tratamento ortodôntico em tais pacientes. O diagnóstico precoce aliado ao tratamento ortodôntico corretivo tardio representaria a combinação perfeita nos casos com padrão de anomalias dentárias associadas.
Somado ao generalizado atraso no desenvolvimento dentário comumente observado em pacientes com anomalias, um tipo dentário específico pode exibir uma odontogênese marcantemente atrasada em relação ao restante da dentição: os segundos pré-molares. Os segundos pré-molares apresentam uma grande instabilidade de desenvolvimento. Além da alta prevalência de agenesia, esses dentes comumente exibem atrasos de desenvolvimento, especialmente quando existe a agenesia de outros dentes permanentes."
Fonte: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2176-94512010000200017&lang=pt
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