sexta-feira, 20 de maio de 2011

2º FICHAMENTO DA GINCANA- GENÉTICA !


Brandão, F.V; Resende Silva, C.M; Gontijo.B; Martins Guedes, A.C

Qual o seu diagnóstico? An. Bras. Dermatol. vol.84 no.6 Rio de Janeiro nov./dez. 2009

HISTÓRIA DA DOENÇA:

"Uma criança de dois anos e nove meses, filha de pais consanguíneos,a partir do quarto mês de idade começou a apresentar pápulas faciais, nódulos em couro cabeludo, pescoço, dorso e região perianal, contratura articular em flexão e retardo do crescimento.A história familiar revelava oito perdas gestacionais antes do nascimento da paciente e dois irmãos mais velhos hígidos. No exame notou-se pápulas peroladas na região perinasal e perioral, pápulas e nódulos eritemato-violáceos no pescoço, couro cabeludo, dorso superior e região perianal. Presença de espessamento cutâneo, hiperpigmentação sobre proeminências ósseas, hipertrofia gengival, contraturas articulares de membros superiores e inferiores, assumindo posição supina,com percentil para peso e altura abaixo de 3.

A fibromatose hialina juvenil (FHJ) e a hialinose sistêmica infantil (HSI) são hereditárias e raras, de caráter autossômico recessivo e etiologia que ainda não foi reconhecida.O início dos sintomas clínicos na FHJ, ocorre entre três meses e quatro anos de idade, enquanto a HSI ocorre nas primeiras semanas a meses de vida. Nas duas, o desenvolvimento mental é normal. Na FHJ, as lesões podem ser pápulas peroladas na face, pescoço, particularmente nas regiões retroauricular e perinasal, grandes tumores, principalmente, no couro cabeludo, tronco e membros e placs ou nódulos perianais. Hipertrofia gengival é comum, altera a ingestão de alimentos. Manifestações ósseas incluem lesões osteolíticas, principalmente, em falanges distais e metáfises, afinamento da cortical e osteopenia generalizada.
Na HSI, além das lesões cutâneas, contratura articular, hipertrofia gengival e alterações ósseas, a pele é espessada, com hiperpigmentação sobre as proeminências ósseas. Pacientes com diarreia persistente, infecções recorrentes e óbito nos primeiros dois anos de vida.
A histopatologia da lesão cutânea apresenta depósito dérmico de material amorfo, hialino e eosinofílico. Ainda na HSI, há depósito de material hialino, também em outre os órgãos, como: trato gastrointestinal, adrenais, bexiga, músculos esqueléticos, timo e paratireóide.
Em 2002, Rahman e colaboradores mapearam o gene da FHJ no cromossomo 4q21. Recentemente, Dowling e colaboradores e Hanks  demonstraram a presença de mutação deletéria no gene da morfogênese capilar (CMG2), localizado no cromossomo 4q21, tanto na FHJ como na HSI. Por conta das semelhanças entre estas duas condições, propõem-se que estas representam manifestações diferentes, da mesma desordem e o termo hialinose sistêmica poderia ser usado para as duas condições, mantendo-se o termo hialinose sistêmica infantil para as formas precoces e graves e hialinose sistêmica juvenil para as formas leves e moderadas.
O diagnóstico diferencial de HSI/FHJ inclui a síndrome de Winchester, neurofibromatose infantil multicêntrica, lipoidoproteinose e mucopolissacaridose tipo 2."

1º FICHAMENTO DA GINCANA - GENÉTICA !


Ribeiro Pereira., A.F.J; Pereira.,L.B; Silveiro do Vale.,E.C; Tanure.,E.C. Síndrome de Muckle-Wells em quatro membros de uma família.An. Bras. Dermatol. vol.85 no.6 Rio de Janeiro nov./dez. 2010.

"A síndrome de Muckle-Wells é uma doença autossômica dominante e rara, está entre as síndromes febris hereditárias. É caracterizada por febre, urticária, artralgia, cefaleia, dor abdominal, retardo do crescimento, mialgia e conjuntivite desde criança, ligada a exposição ao frio. Com um tempo há também perda auditiva neurossensorial progressiva. A pior complicação de todas é Amiloidose, que ocorre em 25% dos casos. Associa-se a mutação do gene NLRP3 (antes CIAS1) que codifica a criopirina, proteína reguladora da produção de citocinas pró-inflamatórias, como a interleucina-1beta. Relata-se a ocorrência dessa doença incomum em 4 membros de uma única família.

CASO 1 : Paciente do sexo feminino de 43 anos, tem quatro recorrente de urticária artralgias e edema de joelhos e tornozelos, ocorre também hiperemia conjuntival no primeiro mês de vida. Os episódios duram cerca de dois a três dias e se relacionam com a exposição ao frio. Na pele há uma pequena ardência no local, foi registrado também hipoacusia e perda auditiva neurossensorial a audiometria. O fator antinúcleo (FAN) é negativo como crioglobulinas, anticardiolipina e anticoagulante lúpico. A velocidade de hemossedimentação (VHS) e a proteína C reativa (PCR) são  elevadas as dosagens séricas de C3 e C4 são normais.Exame histopatológico de lesão urticariforme de pele evidenciou, na derme, discreto infiltrado inflamatório perivascular linfo-histiocitário, com alguns neutrófilos e eosinófilos, além de edema e agressão inflamatória vascular, sugerindo  vasculite neutrofílica de pequenos vasos.A imunofluorescência direta foi negativa para IgA, IgG, IgM e C3.

Caso 2 : Paciente do sexo feminino, de 24 anos, com dor e edema de tornozelos, associados àu urticária não-pruriginosa, relacionados ao frio, desde a infância. Exames feitos nos laboratórios mostraram VHS elevada, FAN negativo, dosagens de C3 e C4. A biópsia de pele revelou leve infiltrado inflamatório perivascular linfocitário, com poucos neutrófilos, na derme superior, com agressão aos vasos. A imunofluorescência direta foi negativa. Audiometria evidenciou discreta perda auditiva neurossensorial à esquerda.


Caso 3 : Paciente do sexo masculino, de 20 anos,com surtos de urticária, hiperemia conjuntival e artralgia nos joelhos, desde a primeira infância, que pioram com a exposição ao frio. As lesões cutâneas não são pruriginosas. Há surdez neurossensorial à esquerda. A VHS e a PCR são elevadas, o FAN é negativo e dosagens de C3 e C4 são normais. Ao exame de urina rotina, diagnosticou-se hipocalciúria. Exame histopatológico de pele mostrou apenas dermite crônica. Estudo genético evidenciou cariótipo normal e a pesquisa de quebras cromossômicas foi negativa.

Caso 4 : Paciente do sexo feminino, de 17 anos, com quadro recalcitrante de urticária não pruriginosa e dor nos tornozelos, desde os primeiros anos de vida, desencadeado por exposição ao frio. Há discreta perda auditiva neurossensorial bilateral. O FAN é negativo e exame de urina-rotina, VHS, PCR e dosagem de C3 e C4 são normais. À histopatologia, observou-se discreto exsudato linfocitário, com poucos neutrófilos, ao redor de pequenos vasos, na derme superior, havendo agressão vascular, além de epiderme no limite da normalidade. A imunofluorescência direta foi negativa.

Além da MWS, a síndrome autoinflamatória familiar, e a síndrome neurocutâneo-articular crônica infantil, também são doenças febris hereditárias, de padrão autossômico dominante. Igualmente, as três entidades associam-se a mutações no gene NLRP3 (antes CIAS1), localizado no cromossomo 1.
 Dodé identificou a mesma mutação em duas famílias com síndrome de Muckle-Wells e em outras duas com FCAS, não havendo origem étnica semelhante entre elas.Todos esses achados sugerem que a síndrome de MWS, a FCAS e a CINCA constituam diferentes expressões fenotípicas de uma mesma doença. Acredita-se que haja correlação entre genótipo e fenótipo.
Fatores ambientais e genes modificadores podem determinar diferentes fenótipos. A FCAS parece representar o fenótipo mais brando,e a CINCA ocupa o pólo mais grave. Enquanto a FCAS apresenta-se basicamente com urticária ao frio, febre e artralgia, na MWS desenvolvem-se ainda perda auditiva e amiloidose, como ja mencionado. Já na CINCA, há alterações do sistema nervoso central e artropatia, o surgimento da urticária,é ainda no período neonatal. As manifestações neurológicas, ocorrem em quase todos os pacientes com CINCA e variam desde cefaleia crônica, vômitos e papiledema até plegia espástica e epilepsia.

 Pode-se classificar os pacientes estudados como portadores de uma das síndromes.Todos os quatro apresentam, ainda que em graus variados, perda auditiva neurossensorial, manifestação presente na MWS. Além disso, nenhum deles apresentou até o momento sintomas neurológicos ou artrite franca, o que enfraquece a hipótese de algum destes pacientes ser portador da CINCA. Síndromes febris periódicas, acompanhadas de erupção urticariforme, tais como: a FCAS, a MWS e a CINCA, foram associadas a mutações no gene NLRP3 (antes CIAS1) e têm sido conjuntamente chamadas síndromes periódicas."

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Engenharia Genética (A Ciência da Vida)

A engenharia genética, uma nova ciência que tem possibilitado a realização de experimentos na área da genética, com resultados surpreendentes sobre a vida. Pela sua relação direta ou indireta com o meio ambiente, a engenharia genética não poder deixar de ter atenção dos ambientalistas e estudiosos do direito ambiental.

1- Considerações:
Com a divulgação recente em quase todos os meios de comunicação dos primeiros resultados do Projeto Genoma Humano e o grande interesse sobre os transgênicos, a engenharia genética passou a ser alvo de atenção como ciência moderna. Mas, há séculos a humanidade vem fazendo o cruzamento de plantas e animais com a finalidade de melhorá-los para sua utilização e consumo. No fundo tratam-se de experiências genéticas feitas de maneira rudimentar, mas atualmente com o deasenvolvimento da biotecnologia, a melhora genética passou a ser feita de forma cientifica, através de técnicas desenvolvidas por uma nova ciência integrante da biotecnologia conhecida como engenharia genética.
2- Definição:
Engenharia genética pode ser definida como o conjunto de técnicas capazes de permitir a identificação, manipulação e multiplicação de genes dos organismos vivos.
3- O que faz:
Através desta nova ciência é possível a manipulação do DNA, ou seja, do ácido desoxirribonuclético que existe nas células dos seres vivos e assim recombinar genes, alterando-os, trocando-os ou adicionando genes de diferentes origens e criando novas formas de vida. A engenharia genética possibilita:
  - Mapear o sequenciamento do genoma das espécies animais, incluindo o ser humano (Genoma Humano) e dos vegetais; 
  - A criação de seres clonados (copiados); 
  - Desenvolver a terapia genética;
  - Produzir seres transgênicos.
Estas novas possibilidades no campo da genética passaram a preocupar governos e grande parte das sociedades envolvidas, pois se o processo for mal direcionado poderá prejudicar o patrimônio genético, inclusive irremediavelmente. Por este motivo já há previsão legal tutelando as atividades desta nova ciência.
4- Controle legal:
Constituição Federal, art. 225, §1º, II;
Lei 8.974, de 5/1/95 (Lei da Biossegurança)
No Brasil o controle legal da engenharia genética está previsto no art. 225, §1º, II da Constituição Federal, onde diz que é dever do Poder Público preservar a diversidade e a integridade do patrimônio genético do país e fiscalizar as entidades dedicadas à pesquisa e manipulação de material genético. Assim, o Poder Público tem o dever de preservar a diversidade e integridade do patrimônio genético, bem como o dever de fiscalizar os pesquisadores que manipulam material genético e ainda é obrigado a controlar os métodos, atividades e comercialização de produtos ou substâncias que possam causar danos ao meio ambiente, incluindo aí os relacionados à manipulação genética.
Já, a Lei 8.974, de 5/1/95 (Lei da Biossegurança) veio regulamentar os incisos II e V do parágrafo 1º do citado artigo constitucional, estabelecendo normas para uso das técnicas de engenharia genética e liberação no meio ambiente de organismos geneticamente modificados.
5- A engenharia genética possibilita:
A - Mapeamento do sequenciamento genômico:
Genoma: todo o material genético contido nos cromossomos de um organismo é conhecido como genoma. Pode ainda ser definido como o conjunto de genes de uma espécie.
Gene: é a unidade de DNA com capacidade de sintetizar uma proteína. DNA é uma molécula em forma de hélice dupla composta por pares nitrogenadas e que tem capacidade de armazenar todas as informações necessárias para a criação de um ser vivo. Graças aos avanços da biotecnologia e através da engenharia genética é possível fazer o mapeamento e sequenciamento genômico de animais e vegetais.
O Genoma Humano após muitos anos de estudos e de muito investimento que envolveu EUA, Reino Unido, França, Japão etc, chegou a seus primeiros resultados.
Decepção genética: conforme publicado amplamente na imprensa em geral, os primeiros resultados do Projeto Genoma saíram com uma grande surpresa para a comunidade científica e o mundo em geral: não temos tantos genes quanto imaginávamos; aliás temos o mesmo número que o milho e o dobro da mosca-das-frutas. Isto põe uma ducha de água fria na tese daqueles que pensam que o ser humano é superior a todos as outras formas de vida do nosso planeta. De outro lado, reforça a tese de alguns de que somos iguais a todos os animais, diferenciando-se apenas em algumas formas de desenvolvimento de partes do corpo, como o cérebro, o que não quer dizer nada em termos biológicos.
Os resultados do Projeto Genoma levam a concluir que o ser humano deve ter mais humildade zoológica e assim passar a tratar os demais seres com mais respeito, afinal não são superiores a nenhum deles. Daí, se deve dar mais atenção e proteger melhor o meio ambiente com os elementos que o formam.
B - Clonagem:
É a cópia de uma molécula de DNA recombinante, contendo um gene ou outra seqüência de DNA que se quer estudar. É a reprodução assexuada a partir de uma célula mãe, utilizando células geneticamente idênticas entre si e a célula progenitora. A palavra clonagem vem do grego "klón" que significa "broto".
C - Terapia genética ou gênica:
É o tratamento baseado na introdução de genes "sadios" , para que possa gerar proteínas saudáveis e substituir as defeituosas.
D - Transgênicos:
Um dos experimentos e resultados da engenharia genética que têm trazido mais polêmica é a questão da produção de transgênicos na agricultura com a finalidade de se evitar pragas, maior resistência às intempéries para aumentar a produção.
Estes organismos geneticamente modificados e conhecidos pela sigla OGMs estão levando os cientistas, ambientalistas, produtores, juristas entre outros, a muita discussão sobre a sua real utilização e conveniência. Em grande parte da Europa há rejeição oficial e da população aos OGMs, enquanto os EUA, Argentina, Canadá, China, México e Austrália adotam em sua política agrícola este tipo de produto.
Em nosso país a questão está no ápice da discussão, havendo contundentes segmentos pró e outros não menos contundentes contra. Os que estão contra a utilização dos OGMs argumentam que por serem modificados geneticamente os produtos não são naturais, perigosos e são potencialmente danosos ao ambiente, inclusive já se fala em "poluição genética". Já os favoráveis dizem que não há prova de danos à saúde humana e ao ambiente.
De qualquer forma, a discussão ainda vai longe, pois faltam elementos técnicos de experimentação científica capaz de dar subsídios concretos e seguros quanto aos efeitos destes produtos, principalmente por se tratar de novas tecnologias e produtos. 
6- Conclusão:
O patrimônio genético poderá estar comprometido se não houver na engenharia genética uma manipulação ou utilização consciente, sadia, correta, legal e ética dos recursos que o compõem. Por isso a comunidade científica, o Poder Público e os cidadãos conscientes devem ficar atentos e fiscalizar a aplicação das novas técnicas da engenharia genética, seus resultados e produtos, bem conhecer os termos de sua tutela jurídica e utilizar dos mecanismos legais de proteção através da ação civil pública, em se constatando cientificamente perigo ou dano ao meio ambiente. Aí pode ter aplicação um dos mais importantes princípios do direito ambiental: o princípio da precaução.

Anomalias Cromossômicas

As anomalias cromossômicas sexuais ocorrem em virtude de meioses atípicas durante o processo anômalo da gametogênese, isto é, a produção de gametas (espermatozoide e óvulo), com quantidade genômica haploide alterada. Especificamente durante a separação dos cromossomos homólogos (anáfase I), ou também relacionada à segregação das cromátides irmãs (anáfase II), sem que haja disjunção dos cromossomos sexuais XX ou XY. 

Mediante fecundação, a contribuição genética dessas células provoca o surgimento de indivíduos com cariótipo anormal quanto ao número constante de cromossomos da espécie, surgindo organismos com conjunto cromossômico superior a 46 filamentos de cromatina contida no interior da carioteca de células somáticas (diploides). 

Tal conformidade gênica evidencia o estado caracterizado pelos organismos com aparência feminina e masculina, respectivamente denominados a partir do genótipo por: Superfêmea e Supermacho.

Os prováveis cariótipos dos indivíduos portadores de anormalidades no cromossomo sexual podem ser representados da seguinte forma: 
- Três variações possíveis para um organismo do sexo feminino: 47, XXX; 48, XXXX ; 49,XXXXX (os dois últimos, normalmente são eventos raros). 
- E uma única variação no organismo masculino: 47, XYY. 

Em mulheres, a frequência é relativamente alta, chegando a 01 caso em, aproximadamente, 700 nascimentos. Em homens essa frequência pode chegar a 01 caso em 1.000 nascimentos. 

As principais características manifestadas são: 

- Distúrbios motores e na fala; 
- Nível hormonal elevado; 
Volume cerebral reduzido; 
- Baixo coeficiente intelectual; 
- Orelhas, mãos e pés com tamanho anormal.
 

Calvície

A calvície na espécie humana é uma característica genética influenciada pelo sexo, porém, não associado ao cromossomo autossômico X ou Y, mas a um par de genes alelos de cromossomos autossômicos. Significando variações de efeito dominante ou recessivo destes alelos, conforme ogênero do indivíduo, ou seja, possui efeito invertido. 

Representado pelo símbolo “C”, esse gene pode variar e manifestar da seguinte forma: 

- Quando C1 (alelo que caracteriza a calvície) → é dominante para o sexo masculino e recessivo para o sexo feminino; 

- Quando C2 (alelo que caracteriza a ausência de calvície) → é recessivo para o sexo masculino e dominante para o sexo feminino. 

Portanto, temos:
Genótipo
Fenótipo masculino
Fenótipo feminino
C1 C1
Calvo
Calva
C1 C2
Calvo
Não calva
C2 C2
Não calvo
Não calva
Portanto, acometendo mais os indivíduos do sexo masculino do que do sexo feminino. Contudo, outros fatores de ordem ambiental e orgânica são determinantes para a ocorrência da calvície, sendo: distúrbios da tireoide, exposição à radiação e outros.

As vacinas de DNA

Um dos grandes avanços da Engenharia Genética, ainda em fase experimental, são as vacinas de DNA. A grande vantagem das vacinas de DNA é a baixa toxicidade que apresentam. 

Enquanto um vírus atenuado ou um toxóide bacteriano podem provocar, no organismo em que foram injetados, uma reação ou até uma contaminação, o DNA é totalmente inócuo. 

Além do mais, existe a vantagem de armazenamento, dado que o DNA permanece estável com variações de pH e temperatura. Outra vantagem é que as vacinas de DNA estimulam a produção de linfócitos T que identificam e matam as células infectadas. A seguir veja cada etapa da fabricação de uma vacina de DNA contra a malária. 

1 – Os cientistas isolam o parasita causador da malária que vive no mosquito transmissor da doença. Dele retiram uma fração de molécula do DNA, o material que contém o seu código genético; 

2 – Esse pedaço de molécula do DNA, é colocado na corrente sangüíneas da pessoa por meio de uma injeção muscular. 

3 – Dentro do organismo, a molécula de DNA do parasita entra nas células humanas e se combina com o seu DNA, formando uma proteína. 

4 – A proteína produz anticorpos contra a malária. Por enquanto, eles ainda não são suficientes para evitar que a pessoa vacinada contraria a doença.